Jogador de futebol brasileiro, de 22 anos, que tem sofrido reiteradamente agressões verbais e físicas durante partidas e campeonatos europeus, reagiu contra a violência a que foi submetido em campo. O ato de coragem e de resistência de Vini Jr ressoam em corações e mentes de outros jovens que vivem a opressão diária baseada na cor de sua pele. Jovens cujas vidas e sonhos existem sob ameaça.
Tais fatos revelam a cegueira e a impunidade no campo esportivo, mas não somente. Trata-se da necessidade de conscientização e de reconhecimento dos efeitos nefastos do racismo e da violência vinculados ao pensamento colonial, que dizima populações, provoca sofrimento psíquico contínuo e fere o direito à vida e à igualdade de condições para todos.
O silêncio das instituições psicanalíticas precisa ser rompido para fazer frente aos acontecimentos de seu tempo, sem omissão, negação ou desmentida.
As perversas manifestações racistas exercidas contra pessoas negras, contra indígenas ou contra qualquer outro ser humano, exigem repúdio por parte da comunidade psicanalítica orientada pela ética que norteia o nosso ofício.
A FEPAL se solidariza com as manifestações públicas contra o racismo estrutural e outras formas de opressão que violam os direitos democráticos.
Conselho Diretor