Em geral, podemos dizer que, na gestão Crianças e Adolescentes, com o horizonte de uma psicanálise democrática, pretendemos contribuir para a construção de espaços nos quais, coloquialmente falando, “todos estejamos dentro”.
Nessa ordem de ideias, o ponto de partida é a inclusão: uma proposta de abertura onde a diversidade e a diferença sejam pensadas e promovam abordagens teóricas, técnicas, e atividades e ações integrativas.
O objetivo é dar continuidade e enriquecer as excelentes atividades e iniciativas que foram desenvolvidas nas administrações anteriores, e criar outras novas de acordo com as necessidades, bem como realizar as correspondentes da coordenação.
Como mencionado anteriormente, esta contribuição é urgentemente necessária em uma América Latina marcada pela exclusão, pela violência e pelo apagamento sistemático do outro, nos quais os bebês, crianças e adolescentes são severamente afetados.
Observamos que em sociedades nas quais a pobreza e a exclusão predominam para alguns, enquanto a superabundância material favorece a outros, é frequente a negligência emocional para ambos, e as condições e possibilidades para a construção da subjetividade são eliminadas. São estruturas marcadamente organizadas em torno da lógica do mercado, com uma narrativa que promete, entre outras coisas, “preencher” o vazio existencial que está estruturando o ser humano.
Da mesma forma, as ações dos grupos de poder para distorcer a informação de forma massiva e sistemática, no velho estilo da propaganda de Goebbels, fazem parte da armadilha que obstrui os processos de subjetivação, e se instala como o norte do consumo da existência, o individualismo e a banalidade, estabelecendo assim poderes com uma voracidade insaciável e destrutiva do humano e da natureza. Esse contexto favorece desorganizações psíquicas que afetam diversos aspectos de bebês, crianças e adolescentes e, obviamente, os adultos responsáveis por eles.
Trata-se, portanto, de construir uma proposta que contribua para o desenvolvimento da psicanálise de bebês, crianças e adolescentes, tentando pensar e repensar as questões pertinentes a essas etapas de desenvolvimento, ensaiando novas respostas para perguntas antigas e novas perguntas para respostas antigas, elaborando ideias em torno dos problemas do presente, todos ancorados fortemente no pensamento psicanalítico, com um espírito inclusivo.
Membros da Comissão da Criança e do Adolescente 2022-2024
1. Anabella Sosa de Brostella (Suplente) Panamá. APAP
2. Magdalena Filgueria. Uruguai. APU
3. Martha Isabel Jordán. Colômbia. Socolpsi
4. Nora Vinacur. Argentina. APA
5. Cristina Wünsche. Brasil. SBPdePA – (analista estagiário)
6. Carolina Janto. Peru. SPP (analista estagiário responsável pela Semillar).
7. Giuliana Chaplim. Brasil- Instituto da SBPdePA (analista estagiária).
8. Liliana Dutra de Moraes. Brasil. SPBsb
9. Zoila Beatriz Ortiz Colombia Socolpsi (Coordenadora)