O que é o ILap

O que é o ILap

A Associação Psicanalítica Internacional (IPA), fundada por Sigmund Freud em 1910, replicou-se em muitos países, com o fim de formar psicanalistas e de difundir a psicanálise.

Nos países latino americanos que ainda não contam com sociedades da IPA – FEPAL (Federação Psicanalítica da América Latina) o ILAP (Instituto Latino americano de Psicanálise) cumpre a função de formar psicanalistas, a partir dos critérios definidos pela IPA, além de trabalhar na difusão da psicanálise.

Assim, como instituto de formação de psicanalistas da IPA e da FEPAL, o fundamento de excelência formativa é a articulação de três zonas de prática: análise pessoal, teoria e supervisão da clínica analítica. Esse constitui o eixo no modelo do ILAP. É o clássico tripé no qual se apoia toda a transmissão da psicanálise nos Institutos da IPA.

Dentro das condições especiais da formação à distância e de um trabalho inaugural em cada um dos países onde o ILAP trabalha, o objetivo é conquistar a melhor formação possível e a maior articulação possível das três zonas referidas.

Atualmente o ILAP trabalho nos seguintes países: Bolívia, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras (Tegucigalpa e San Pedro Sula) e Nicarágua.

Criação

Em janeiro de 2006 a Associação Psicanalítica Internacional e a Federação Psicanalítica da América Latina assinaram o Memorando de Entendimento que deu origem ao Instituto Latino americano de Psicanálise.

Ingresso ao ILAP

  1. O solicitante deverá possuir um título universitário, não necessariamente psicólogo ou médico, desde que esteja de acordo com a legislação regulatória de seu país.
  2. Deverá dirigir-se por escrito à secretaria do ILAP em carta à Direção geral e Direção de Admissão e Formação.
  3. Posteriormente serão realizadas entrevistas de informação e logo de admissão. Após a aprovação nas entrevistas o solicitante poderá ingressar na formação.

Formação no ILAP

A formação no ILAP está assentada no já mencionado tripé, que caracteriza a formação analítica nos moldes da IPA:

  1. Análise pessoal
  2. Supervisão de material clínico
  3. Seminários teóricos

Análise pessoal

A análise pessoal dos candidatos deverá ser realizada por analistas com função didática de qualquer sociedade psicanalítica da FEPAL ou por analistas habilitados pelo ILAP para essa função, a partir das seguintes modalidades e critérios:

  1. Condensado: viajando o analista ou o analisando e com um mínimo de 100 horas anuais.
  2. Modalidade mista: Sessões em presença e remotas, numa porcentagem de 70% presencial e 30% remoto.

A razão da pandemia do Covid 19, a IPA autorizou que as análises passassem a ocorrer exclusivamente em forma remota, durante o tempo que dure essa situação de excepcionalidade. Nesse caso, com uma frequência de três sessões semanais.

As análises condensadas, tal como se fazia antes da pandemia, seguiam o critério de 100 horas anuais, a partir de encontros presenciais intensivos, mediante viagens do analisando ou do analista. Essa modalidade foi suspensa pela impossibilidade de viajar durante a crise sanitária que estamos enfrentando.

No entanto, nos casos em que analista e candidato vivem na mesma cidade, se assim o decidirem, podem encontrar-se presencialmente, com uma frequência de três sessões semanais.

Supervisões

  1. Foi estabelecido um mínimo de 160 horas de supervisão de material clínico, a qual poderá ser realizada em forma exclusivamente virtual. Devem ser duas supervisões, de 80 horas cada, 40 horas por ano, portanto, com duração de dois anos e sendo os supervisores analistas com função didática da IPA. Ao final de cada supervisão, o analista em formação deverá apresentar a uma Comissão Avaliadora um relatório escrito acerca do trabalho clínico realizado com o paciente.
  2. Os pacientes atendidos pelos analistas em formação devem concorrer às sessões com uma frequência de três vezes por semana, em forma presencial. Por ocasião da pandemis do Covid 19, a IPA autorizou que esses processos analítico ocorressem em forma virtual, até que a presença possa ser restabelecida.
  3. As supervisões podem ter início logo de aprovados quatro seminários teóricos.

(para mis detalhes, entrar ao “espaço do analista em formação”).

Formação teórica

  1. O plano de seminários está fundamentado sobre uma profunda base freudiana, com uma abertura à pluralidade teórica da psicanálise.
  2. A formação teórica através dos seminários está pensada para um ritmo desejável de 2 ou 3 seminários por semestre, somando um total de 18.

Plano de seminários

Para concluir a formação se exige um mínimo de 18 seminários. À medida do possível, se recomenda que os primeiros 4 sejam freudianos.

Para concluir o plano de estudos, deverão cursar:

  1. 8 seminários de teoria freudiana.
  2. 2 seminários de autores pós freudianos
  3. 2 seminários de psicopatologia
  4. 4 seminários teórico-clínicos
  5. 2 seminários de  livre opção

Producciones escritas

  1. O analista em formação deve apresentar 4 produções escritas durante os seminários, sendo uma por ano. Pode escolher, dentro dos seminários que cursa em cada ano, um para realizar o trabalho e o tema deve ser restrito ao tratado durante este seminário e será avaliado pelo ou pelos docentes, em uma das reuniões do mesmo, quando será apresentado ao grupo. As duas produções escritas, dos dois primeiros anos, poderão ou não conter material de análise, mas nos últimos dois sim, é obrigatório incluir, à reflexão teórica, material clínico. Tais produções escritas buscam preparar o analista em formação, treinando-o para a escrita e o pensar psicanalítico, que articula teoria e clínica, para chegar com mais desenvoltura à realização dos já mencionados relatórios de supervisão e do trabalho final.
  2. O trabalho final deve ser apresentado uma vez que o analista em formação conclui o plano de seminários, com as produções escritas previstas por ano de formação e é aprovado nos dois relatórios de supervisão. Pode ser construído a partir de dois modelos, a sua escolha:
  3. MODELO I – trabalho teórico-clínico
  4. MODELO II – Estudo de caso.

Orientações para o trabalho final de formação ILAP

O trabalho final, ou trabalho de graduação em ILAP, deve ser realizado após a conclusão do plano de seminário e a aprovação dos relatórios de supervisão correspondentes.
O seu objetivo é avaliar se o analista, ao terminar a formação em ILAP, está em condições de pensar clinicamente em profundidade e de forma articulada com a teoria psicanalítica e de realizar um processo analítico. O trabalho deve mostrar um licenciado em ILAP com esta capacidade de articulação, de forma a poder integrar-se futuramente na comunidade psicanalítica internacional, através de trabalhos apresentados em congressos e em publicações científicas psicanalíticas.
O analista em formação pode escolher entre duas orientações possíveis para a realização do seu trabalho final de formação.

Estudo de caso

O trabalho baseia-se na comunicação da experiência de análise de um paciente em alta frequência. Deve conter o relato do diálogo e do que se passou nas sessões e a observação microscópica do analista de todas as dinâmicas que se desenrolaram no campo analítico. 

Deve mostrar como se configura o movimento transferencial-contratransferencial, a ação das defesas e dos mecanismos em jogo, os níveis de organização psíquica e a sua variação durante o tratamento, ou mesmo no quadro de uma sessão.

Espera-se alguma articulação teórica pertinente à clínica analítica apresentada, bem como uma explicitação das intervenções do analista e sua reflexão sobre elas.

O trabalho deve mostrar claramente a evolução, as mudanças estruturais, não apenas sintomáticas, do paciente durante o processo e o trabalho analítico que foi efetivamente realizado.

Teórico-clínico

A partir da livre escolha de um tema pertinente no universo psicanalítico, o analista deve produzir um trabalho que desenvolva consistentemente o tema e que, além disso, seja adequadamente expresso numa apresentação clínica. Esta deve ser verdadeiramente coerente com a exposição do tema. O trabalho deve construir uma verdadeira articulação entre o clínico e o teórico, numa integração proporcionalmente equilibrada de ambas as dimensões.
Deve iniciar-se com uma introdução, na qual se problematiza o tema, que constituirá o fio condutor do trabalho, a ser retomado nas conclusões. Espera-se encontrar uma posição pessoal do autor num movimento criativo em relação ao recorte do material clínico, bem como das ideias psicanalíticas trabalhadas.

DIFUSÃO ILAP

  1. Atividades de difusão: Podem ser gerais e locais. A virtualidade nos permite fazer jornadas gerais nas quais participem todos os grupos do ILAP, desde a própria organização das mesmas. Não obstante, também se organizarão atividades de difusão locais, atendendo aos requerimentos de cada grupo.
  2. Jornadas do ILAP: A dinâmica de funcionamento das jornadas se baseia em exposições realizadas por analistas de reconhecida trajetória e a apresentação de trabalhos por analistas em formação locais ou convidados especiais. Podem-se produzir cursos para os analistas em formação do ILAP e cursos e conferências de difusão abertas à assistência de estudantes de universidades locais e outros interessados.
  3. Durante as jornadas, a organização prevê um espaço de conversatório sobre a formação que oferece ILAP.
  4. Formará parte das Jornadas pelos menos uma atividade interdisciplinar, na qual a psicanálise dialogue com outras disciplinas, principalmente com a arte (literatura, cinema, teatro, expressões plásticas, etc), porém também a filosofia, o direito, a história, etc.
  5. Durante a pandemia do Covid 19 as Jornadas ocorrerão em forma virtual.

CONSELHO DIRETOR ILAP

Direção Geral
Susana Balparda – Uruguai

Diretora Adjunta de Seminários
Margareta Hargitay – Venezuela

Diretora Adjunta de Admissão e Formação
Helena Surreaux – Brasil

Diretora Adjunta de  Pesquisa e Seguimento
Regina Elisabeth Coimbra – Brasil

Diretor Adjunto de Difusão e Extensão
Eduardo Kopelman – Argentina

Secretária Adjunta da Direção
Anabel Rodríguez – Uruguai

Assessor do Conselho Diretor
Javier García

Assistente Administrativa
Yanitza Morante


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