O Conselho Diretor da Federação Psicanalítica da América Latina – FEPAL expressa, mais uma vez, a sua preocupação com os graves eventos que vêm ocorrendo, nas últimas semanas, em vários de nossos países.
Novos surtos de violência, além dos já conhecidos na Venezuela, que, como o Equador, o Chile, o Brasil e a Bolívia, afetam o tecido social, e dão conta da situação de vulnerabilidade em que diferentes estratos sociais de nossa região são encontrados, como consequência, entre muitas outras, da desigualdade e da inquietação social.
Reiteramos que a ética e a prática da Psicanálise se reúnem em sua práxis e baseiam-se em valores fundamentais, como o respeito à livre expressão de ideias e o respeito à diversidade, nos níveis político, cultural, religioso, étnico e sexual.
Não admitimos a violência como meio de resolução de conflitos. Apostamos e estamos comprometidos com o diálogo como uma ferramenta essencial para convivência e defendemos o respeito e a garantia dos Direitos Humanos.
Convocamos as forças democráticas e as Sociedades Psicanalíticas para que trabalhem juntas, tanto com os sujeitos singulares quanto com o coletivo, a fim de ajudar a reparar as lesões traumáticas que continuam ocorrendo como resultado da ruptura do vínculo social que afeta nossas sociedades.
Conselho Diretor da FEPAL
María Cristina Fulco, Presidente
Abel Fernández, Secretario General