Diretoria de Publicações 2020-2022
Projeto de trabalho 2020-2022
Directora: Magdalena Filgueira (Asociación Psicoanalítica del Uruguay)
Directora suplente: Corina Nin (Asociación Psicoanalítica del Uruguay)
Equipe de colaboradores:
Jorge Eduardo Catelli (Asociación Psicoanalítica Argentina)
Veronica Vigliano (Asociación Psicoanalítica de Córdoba)
Lorena Polo (Sociedad Psicoanalítica de México)
Zoila Ortiz (Sociedad Colombiana de Psicoanálisis)
Cristina de Macedo (Sociedad Psicoanalítica de Recife)
Helena Surreaux (Sociedad Brasileña de Psicoanálisis de Porto Alegre)
Martín Mazzella (Asociación Psicoanalítica del Uruguay)
Ximena Mendez (Asociación Psicoanalítica del Uruguay)
Editoras da Revista Calibán, publicação oficial da Fepal:
Raya Angel Zonana (Brasil, SBPSP), Editora-chefe
Eloá Bittencourt Nóbrega (Brasil, SBPRJ), Editora-chefe suplente
Cecilia Rodríguez (México, APG), Editora associada
Carolina García Maggi (Uruguay, APU), Editora associada
Cecilia Moia (Argentina, APA), Editora associada suplente
Diretor Bivipsi: Luis Armando González
Assistente de comunicação: Juan Mariño
Site e Newsletter: Leo Mangiavacchi
Partiremos do que a Fepal alcançou em termos de publicações e comunicação, especialmente nos últimos dois anos, apesar das profundas dificuldades que a humanidade atravessa, devido à pandemia, mas também aos fenômenos de exclusão social e racial.
Manteremos e expandiremos a mídia e os canais de comunicação e publicações, com ênfase lógica no que faz à América Latina.
- Planejar e organizar a newsletter CONEXIÓN FEPAL, portal web, redes sociais da Federação, em conexão com todas as comissões, bem como com a Comissão Editora Calibán e Bivipsi, nossa boa biblioteca virtual. Faremos isso para nos comunicarmos com os psicanalistas tanto interna quanto externamente. Comunicação em ambas as direções, devemos também ter uma atitude de escuta.
Cumpre-se uma função estratégica fundamental de comunicação e divulgação de atividades e programação, evidenciando o importante movimento e produção das instituições psicanalíticas da FEPAL.
- Também é importante transmitir "conhecimento" com base na riqueza das práticas psicanalíticas nas diferentes regiões. Devemos ser capazes de transmitir riqueza de conhecimento, gerando reflexão por meio das redes sociais e canais da Federação.
- Consideramos a dupla via fundamental, que requer algo tão psicanalítico quanto os espaços de conversa que, como um espaço de transferência, promova a aproximação ao mundo psicanalítico, envolvendo cada analista, cada sujeito da Fepal.
- Um ponto muito importante será avançar na criação de um Arquivo documental histórico da Fepal.
REVISTA CALIBÁN
Num cenário de inúmeras revistas de psicanálise, o que pensamos ao idealizar Calibán?
Jovem ainda, esta revista, em seu sexto ano de existência, com 13 números editados, segue em busca de uma forma genuinamente nova de publicação psicanalítica. Um desafio, uma publicação que possa mostrar o amadurecimento do pensamento psicanalítico latino-americano, com as particularidades dos distintos contextos sócio culturais nos quais nossa prática se inserta. Calibán, Revista Latino Americana de Psicanálise, se impõe como meio para difundir e apresentar o que emerge do Zeitgeist.
Calibán é a possibilidade de um espaço em que se experimentem novas maneiras de linguagem e onde analistas de instituições diferentes possam coabitar e fazer trocas. Como revista oficial da Federação Latino Americana de Psicanálise (FEPAL), atualmente formada por mais de trinta sociedades psicanalíticas de nove países de nossa região, e outros que estão em processo de integração, Calibán se converte em um importante porta voz do movimento psicanalítico latino americano. Em suas páginas convergem as vozes de analistas que em seus idiomas, com distintos sotaques, tecem o desenvolvimento teórico-clínico da psicanálise contemporânea com aportes que enriquecem a visão dos temas de cada novo número.
Tomado de um personagem da tragédia de Shakespeare, A Tempestade, Calibán, anagrama de canibal, era o nome de um selvagem incapaz de falar corretamente a língua da cultura. Dessa forma, Calibán se converteu na representação que, até há pouco, a Europa tinha dos habitantes do Novo Mundo. Assim, ao chamar de Calibán esta revista de psicanálise, pretendemos, numa inversão irônica, marcar o movimento antropofágico no qual, ao conhecimento “devorado” vindo do colonizador, se soma o nosso próprio, de nossa cultura, dando forma a um pensamento psicanalítico original. Como marco deste fecundo encontro com o estrangeiro, Calibán representa o colonizado pelas ideias do velho mundo, que agora, em voz própria, com frutos maturados em nossas terras a partir de uma hibridização cultural, porta a riqueza de nossas línguas, culturas e tradições. Desta perspectiva, a revista é a possibilidade de fazer circular dentro do continente e fora dele, em nível internacional, as ideias dos psicanalistas que habitam este espaço. Para isto, Calibán que desde seu nascimento, se publica em espanhol e português, em breve também se editará em inglês, em versão on-line.
A intenção de Calibán é, ainda, ressaltar a maneira na qual a psicanálise está implicada na cultura, tanto quanto a cultura está implicada na psicanálise. A intertextualidade incita o aprofundamento da perspectiva de temas candentes da cultura que, como parte fundamental de Calibán, habitam suas páginas em aportes de outras disciplinas que se entretecem com a psicanálise.
Calibán tem junto com a Fepal, como ideário, o fortalecimento do movimento psicanalítico da América Latina, ressaltando a importância da escritura como lugar de encontro; fértil território para intercambiar, debater, concordar ou diferir, gerando movimento de ideias e enriquecendo nossa disciplina, e assim, abrir perspectivas que se somam ao movimento psicanalítico internacional, de que somos parte e no qual é fundamental o lugar que têm os autores latino-americanos. Para isso, um dos investimentos mais importantes de Calibán, está em tecer e enlaçar pensamentos diversos, mantendo a singularidade de cada um, na construção de um pensamento plural.
Raya Angel Zonana
Eloá Bittencourt Nóbrega
Cecilia Rodríguez
Carolina García Maggi
Cecilia Moia