Maria Conceição Evaristo de Brito nasceu em Belo Horizonte, estado de Minas Gerais, em 1946. Teve a infância marcada pela miséria numa favela da capital mineira. Filha de empregada doméstica, trabalhou como tal enquanto cursava os estudos secundários. Na adolescência fez parte do movimento Juventude Operária Católica (JOC), onde promovia importantes reflexões sobre a realidade brasileira. Queria ser professora. Cursou o magistério, mas na sua cidade natal não teve oportunidade de exercê-lo e se mudou ao Rio de Janeiro, onde lecionou na rede pública até se aposentar em 2006. No Rio também se graduou em letras, foi mestre em literatura brasileira e doutora em literatura comparada. Teve suas obras traduzidas para o inglês e o francês.
De origem pobre e de etnia negra, seus textos trazem a experiência da opressão e marginalidade, com forte valorização da memória ancestral.
São textos fortes, onde o lirismo e a realidade da mulher negra no Brasil têm um lugar de destaque. Conta, a partir de se uma realidade particular (a sua), uma história que aponta para a de uma coletividade. E a isso chama “Escrivivência”.
Foi agraciada com vários prémios literários, sendo o primeiro deles ao terminar a escola primária.