Formação e Transmissão

COMISSÃO DE FORMAÇÃO E TRANSMISSÃO DA PSICANÁLISE DA FEPAL

Para entrar em contato com a Comissão de Treinamento e Transmissão em Psicanálise da Fepal, escreva para fepal.transmision@gmail.com

Plataforma de trabalho (2020-2022)

Ao longo dos anos, o movimento psicanalítico percebeu a maneira como as idéias fundadoras da psicanálise foram enriquecidas com contribuições teóricas e técnicas que, geração após geração, acrescentam experiências e idéias que mantêm uma tensão frutífera entre tradição e a inventividade que sustenta toda a novidade. Esta última, necessária para manter a validade da psicanálise em um mundo em mudança, deve ser sustentada por uma reflexão constante e cuidadosa que requer diálogo, intercâmbio e debate contínuos.

Sabemos que as mudanças de época, cada vez mais vertiginosas, afetam a subjetividade, cujos efeitos percebemos não apenas na intimidade da clínica, onde enfrentamos a necessidade do repensar teórico e técnico, mas nas profundas transformações socioculturais em que nossa prática é inserida. Isso requer considerar as circunstâncias nas quais a transmissão da psicanálise se sustenta hoje, colocando-nos particularmente nos países da América Latina, o contexto em que nossos Institutos estão inseridos e o espaço que isso é dado em seminários e outros contextos de diálogo.

Agora, nesses momentos em que, em alguns anos, ocorreram profundas transformações, que os debates contemporâneos explicam, também se subscreveu o impacto com a chegada da pandemia de Covid-19 na América Latina e como isso marcou,como no resto do mundo, uma mudança drástica em nossas vidas diárias. Em relação ao trabalho clínico, o confinamento necessário repentinamente nos lançou no ciberespaço, sendo a única maneira de sustentar nosso trabalho quando ainda estava aberto o debate sobre as possibilidades e a relevância da análise remota. É possível pensar nas implicações da análise em cenários não publicados, agora sujeitos a uma infinidade de variáveis ​​que precisam ser compartilhadas, pensadas, debatidas e processadas para sustentar o trabalho analítico em circunstâncias anteriormente impensáveis.

No que diz respeito à transmissão da psicanálise, seus problemas e desafios na interseção de diferentes eixos, esse diálogo é essencial.

Isso inclui, entre outras coisas, a análise e supervisão de quem entra em nossos institutos, as relações entre conhecimento e poder no campo da transmissão, ética, quadros, seminários e tudo o que faz parte do campo clínico.

A isso se somam agora as vicissitudes da análise remota e da supervisão por meios virtuais, áudio e vídeo, no contexto das inevitáveis ​​mudanças em nosso trabalho do isolamento imposto pela pandemia de Covid-19, com as implicações disso no campo da formação e transmissão da psicanálise, além do trabalho com adultos, adolescentes e crianças.

Consideramos também a relevância que é dada na transmissão da psicanálise e no treinamento de candidatos ao trabalho e envolvimento na comunidade e participação no cenário cultural, a partir de uma psicanálise incorporada na cultura tanto quanto a cultura é inserida na psicanálise.

Também consideramos de grande importância trabalhar pelo lugar dado aos pensamentos e práticas  da psicanálise cruzados com as nuances das duas línguas da nossa região, bem como a riqueza cultural e as circunstâncias sócio-políticas dos países em que cada uma delas se encontra, dos Institutos afiliados a Fepal e até mesmo aqueles que, como o ILAP, trabalham além-fronteiras. Experiências, desafios e produções que enriquecem a psicanálise na e da América Latina.

Além da importância do trabalho interinstitucional, e em conjunto com os diretores dos institutos das sociedades e grupos de estudo que fazem parte da Fepal, em nosso projeto partimos da importância de manter um diálogo intergeracional, considerando o pensamento sobre transmissão e seus efeitos não podem ser feitos sem incluir a experiência dos candidatos e suas perspectivas sobre o assunto. É por isso que nos parece fundamental trabalhar em estreita colaboração com a OCAL (Organização dos Candidatos da América Latina) e a ABC (Associação Brasileira de Candidatos), promovendo espaços de diálogo sobre os diversos problemas e interesses envolvidos na transmissão e treinamento psicanalítico.

Nossa comissão também propõe manter um vínculo com o Comitê de Educação Psicanalítica (PEC), a fim de compartilhar trabalhos, contribuições e perspectivas com outras regiões da IPA.

PROJETO DE TRABALHO

Nossa comissão foi formalmente constituída em 27 de abril de 2020 e terminará em 27 de abril de 2022.

Em nosso projeto de trabalho para os próximos dois anos, já existem determinadas atividades científicas, o Congresso Didático, a ser realizado no âmbito do Congresso FEPAL 2020, que será realizado virtualmente em outubro, e as Reuniões do Instituto, cujas datas ainda não foram definidas.

No entanto, gostaríamos de propor que, além dessas atividades, possamos contar com o apoio da Fepal para organizar outros espaços de diálogo que permitam maior continuidade aos debates e intercâmbios entre colegas, analistas e candidatos, em relação a questões que dizem respeito à transmissão da psicanálise. Isso é possível agora que as plataformas de trabalho remotas se tornaram mais acessíveis, mas gostaríamos de colocar essa proposta em ata e de acordo com a atual Comissão e Conselho Científico da Fepal, se aprovada. Desse modo, no curso de nossa gestão, a Comissão poderá organizar grupos de discussão, oficinas e fóruns, inter-regionais e internacionais, que permitam um trabalho mais contínuo, de acordo com a velocidade que mudanças recentes impuseram na transmissão da psicanálise. em nossos dias.

Cordialmente,

Cecilia Rodríguez (APdeG) Coordenadora,

Daniel Delouya (SBPSP) Coordenadora Suplente,

Carmen Labarthe (SPP),

Laura Ward da Rosa (SBPdePA),

Luz Marina Orejarena (SOCOLPSI),

Mónica Cardenal (APdeBA),

Susana Silva de Celle (APU)

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Programas Institutos

Aqui você encontrará a programação dos institutos de formação das diferentes associações latino-americanas:

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